Certo dia, em uma mesa de bar com amigos donos de um negócio gastronômico, surgiu uma pauta sobre a dificuldade de manterem e encontrarem bons funcionários, bem qualificados e que não gerasse sempre, tanta dor de cabeça.
Em dado momento, perguntei sobre o que eles, na posição de diretores do negócio, faziam para reverter esse quadro, para manter seus funcionários motivados e satisfeitos com o trabalho oferecido pela empresa e reduzir assim a rotatividade.
Neste momento, pontuei primeiramente sobre a importância de assumirmos a responsabilidade sobre a qualidade dos nossos colaboradores, afinal, fomos nós que os escolhemos e somos nós que permitimos que eles continuem no cargo. Sabemos de toda dificuldade do setor e do desafio constante em equilibrar remunerações justas e lucro. Porém, apontar o dedo é uma cultura comum ao setor que nunca resolveu nada, apenas contribui para piora do clima e um ciclo eterno de repetição de problemas e conflitos.
Superficialmente falei também sobre uma das formas de mantermos nossa equipe motivada, com a criação e apresentação de um plano de cargos, salários e carreiras, que irá permitir que esse colaborador entenda que ali ele tem possibilidade de crescimento, tanto horizontal (com aperfeiçoamento na área, graduação, cursos extras, possibilitando um crescimento salarial proporcional) como também vertical, apresentando um organograma futuro, fazendo aquele colaborador entender quais as “caixinhas” ele poderá ocupar, quais as oportunidades ele poderá ter se dedicando e construindo junto com o dono onde ele deseja chegar daqui há pelo menos 5 anos.
Vamos abrir um parêntese – sabemos que o crescimento de um negócio saudável, é orgânico, as oportunidades aparecem naturalmente conforme você evolui e se destaca no mercado. O que não é natural é se manter estagnado, no mesmo lugar. Por isso precisamos começar a construir hoje, onde queremos estar daqui há 5 anos, para que esse crescimento seja organizado. E sabe qual é o principal fator que vai poder impedir esse seu crescimento? Se pensou em dinheiro pensou errado, com um bom plano de crescimento construído, você consegue bons investidores. O que poderá impedir seu crescimento é justamente a falta de mão de obra qualificada!
Entao voltando a historinha, ao expor esta visão, fui interrompida sob forte negação de que: “Não é normal eu ter que querer abrir mais bares para minha equipe trabalhar direito!”, “Eu não posso não querer crescer então?!”
Bem como já falei um pouco aqui, existem diferentes formas de motivação que podemos abordar em um outro momento, mas a principal reflexão que eu quero deixar aqui com todo esse diálogo, é a seguinte, você pode não querer crescer, você pode não querer que seu negócio prospere mais do que atualmente, mas, o X da questão é: Qual efeito um negócio que já nasce limitado, pode causar no seu colaborador? O que um negócio fadado a estagnação, poderá atrair, senão colaboradores também estagnados, medianos? Podemos esperar bons resultados de pessoas que não tem ambição em crescer, que estão ali só para fazer o mínimo? E mais, como atrair mão de obra BOA se o vizinho está oferecendo a ele algo além do dinheiro, está oferecendo também a oportunidade de SONHAR? Sonhar é o que nos motiva a ir além do que nossos olhos podem ver.
Lembre-se que uma equipe é reflexo do seu líder!
Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho e a meu ver, é funçao dos bons gestores quebrar esse ciclo do nós x eles, fazendo seu time sonhar (e jogar) junto!
Você vai ver como essa mudança é poderosa!
Concorda?
Autora: Mariana Cardoso