Modelos de gestão eficazes são chave para crescimento de restaurantes

Em 2022, o setor de alimentação fora de casa teve uma alta demanda como consequência de fatores como a maior circulação do turismo interno no Brasil, por exemplo. Já é possível notar que o mundo começou a voltar a vida que se tinha no pré-pandemia e, a expectativa do Instituto Foodservice Brasil (IFB), é que as taxas sejam igualadas ao período anterior à crise sanitária no próximo ano. Nesse contexto, é válido ressaltar que, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor de alimentação tem uma expansão anual de 12%.

Por isso, o CEO da Gass Company, Pablo Monteiro, defende que para um negócio gastronômico crescer existem três restrições principais, como a criação de um modelo de gestão eficaz e replicável. “Quando eu monto uma segunda casa, eu não consigo levar as pessoas que sabem fazer ou fizeram aquilo no primeiro negócio. Preciso levar o modelo de gestão e todos os padrões que eu já testei e avaliei”, afirma. Em segundo lugar, o CEO considera fundamental ter novas lideranças sendo formadas para assumirem o plano de crescimento. “A gente precisa formar os líderes, isso é um processo orgânico. Os líderes não estão no mercado, eles estão hoje dentro da tua casa e devem ser preparados na prática para que participem da construção de um bom modelo de gestão”, pontua.

Em terceiro lugar, o especialista destaca a importância da organização financeira. “Um investimento em um restaurante é alto e é necessário uma estrutura de capital para isso. Lembrando que é necessário que tudo isso seja seguido de uma visão, qual é a minha meta? Então, vou construindo”, aponta. 

Para aqueles que desejam comprar um ponto em que já existia uma marca, Monteiro afirma ser relevante uma avaliação sobre a marca de maneira geral. “Se você já comprou um negócio que, por meio dos números, se comprove ser lucrativo, não justificaria a criação de uma nova marca a não ser que se tenha um plano específico para isso”, sugere. De acordo com ele, geralmente, negócios que estão sendo vendidos apresentam problemas. Se for este o caso, é recomendado criar uma nova marca, com um novo conceito e uma nova proposta. “Não tem certo e errado, a recomendação é não entrar em um local sem dominar plenamente o que acontecia nos números daquele negócio e a percepção do cliente”, defende.

Em meio a diversos negócios de sucesso, Pablo Monteiro destaca como referências os grandes grupos de restaurantes, sobretudo os americanos. “Hoje nós temos alguns grupos que todo mundo conhece como o McDonalds, Burger King, Outback,  Applebee’s e Olive Garden”, sugere. Para o CEO, é uma estratégia observar os grandes grupos empresariais e tentar entender como o modelo se torna replicável. “Você vai ver que são modelos mais leves, com propostas bem definidas. Eu não diria que é para seguir um modelo x ou y, porque o nosso setor é muito diverso, mas analisar e estudar pode dar um bom balizamento na hora de pensar em qual modelo de negócio se deve começar”, explica.

Por Yasmim Rodrigues

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