Alta rotatividade de funcionários é um dos principais obstáculos dentro da gestão de restaurantes

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Gerir um negócio é um superar diário de obstáculos em qualquer setor. Porém, de
acordo com a sócia da Gass Company e especialista em gestão gastronômica,
Mariana Cardoso, quando o negócio é um restaurante, problemas como a alta
rotatividade de funcionários são tão significativos que podem tornar-se um custo fixo
dentro da empresa. “Existem negócios que têm rescisões acontecendo quase todo
mês. O nosso setor tem a cultura de não olhar para o colaborador. Por ser um setor
que, muitas vezes, têm baixa remuneração de trabalho e ser uma função exaustiva,
cria-se uma soma de fatores que resulta em uma alta taxa de rotatividade”, pontua.
Nesse contexto, para a especialista é necessário compreender diversas questões
quanto a busca de uma equipe para um negócio gastronômico. “A primeira coisa é
entender que nada é permanente, eu acho que a busca não é por uma equipe
permanente, mas sim por pessoas que queiram permanecer. Então, a gente passa por
um caminho de tornar a nossa empresa atraente para a mão de obra”, sugere. Por
isso, Cardoso defende que é fundamental que os colaboradores enxerguem a
possibilidade de crescimento no local de trabalho. “Sabendo que as pessoas têm
ciclos e que, muitas vezes, estão de passagem, o nosso objetivo é fazer com que,
enquanto esse colaborador esteja na empresa, ele esteja 100% focado, motivado e
que ele entregue o seu melhor”, pontua.


Atualmente, há um amplo debate sobre as “skills” e as “soft skills” e Mariana Cardoso
afirma que ambas devem ser avaliadas de maneiras distintas para cargos diferentes.
“As ‘skills’ estão ligadas à prática, a parte técnica do funcionário. Mas, as ‘soft skills’
são as características mais subjetivas de um colaborador. A gente sempre fala em
uma máxima de que é possível ensinar a técnica, mas a gente não consegue ensinar
uma pessoa a ter caráter ou ser ética”, explica a especialista. Em uma entrevista, por
exemplo, Cardoso afirma que é importante fazer perguntas a fim de identificar as soft
skills, além de pesquisar o histórico do candidato à vaga. Outras características como
o ‘disagree and comment’ também são essenciais na hora de formar uma equipe.
“Está relacionado à ideia de ‘discordo, mas me comprometo a fazer dar certo’. Isso
tem sido muito valorizado nos dias de hoje”, conta.


Nesse sentido, a especialista em gestão gastronômica afirma que a busca de talentos
é um trabalho incessante. “Eu acredito que o legal é ter um caminho próprio. A gente
acredita que precisamos ter um banco interno para receber currículos e estar sempre
entrevistando pessoas, tendo oportunidades ou não. Isso facilita muito na hora que
precisamos preencher uma vaga com urgência. Criando seu próprio canal, você vai
ter sempre a oportunidade de conhecer muitos talentos”, sugere a sócia da Gass
Company.

Dentro da empresa, também é necessário garantir que os colaboradores sejam
respeitados e tenham condições dignas de trabalho. “Quando falamos de
gastronomia, temos setores que são lindos de frente, mas as condições dos bastidores
deixam a desejar. Isso tudo é muito importante para que um colaborador se sinta
motivado, ele precisa se sentir ouvido e entender o caminho que precisa ser seguido
para que ele possa crescer junto com a empresa”, pontua Cardoso.

Por: Yasmim Rodrigues

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